Quatro pessoas são indiciadas por envolvimento em falso sequestro, em Rio Verde
Escrito por Radio Sempre FM em 25 de abril de 2019
Segundo a corporação, jovem contratou rapaz para fingir o crime e, ao perceber que daria errado, tentou matá-lo. Homem que vendeu a arma e uma advogada também vão responder criminalmente
A Polícia Civil indiciou quatro pessoas por envolvimento em um falso sequestro em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Além da suposta vítima e sequestrador, também vão responder o homem que vendeu a arma e uma advogada.
De acordo com as investigações, Herlandia Nunes Rodrigues, de 26 anos, contratou Mateus Campos Oliveira, de 21, para fingir um sequestro. O objetivo, de acordo com a polícia, era ficar conhecida nacionalmente após o caso.
“A polícia concluiu que houve uma simulação de um sequestro com roubo e que, quando essa simulação deu errado, a autora, tentando ocultar a existência desse crime, acabou efetuando um disparo no comparsa dela tentando matá-lo”, disse a delegada Taísa Antonello.
Os dois seguem presos desde o crime. Herlandia vai responder pelos crimes de porte ilegal de arma, falsa comunicação de crime e tentativa de homicídio qualificado. Já Mateus foi indiciado por porte ilegal de arma e falsa comunicação de crime.
As defesas da Herlandia e do Mateus informaram que não vão se manifestar até ter acesso a todo o inquérito.
Mulher foi presa suspeita de forjar sequestro e tentativa de homicídio em Rio Verde — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
Além dos dois, a polícia indiciou Jackson dos Santos de Oliveira por porte de arma, por ter vendido o revolver usado na simulação do sequestro. Wdineia Oliveira, que defendia Herlândia, foi indiciada por orientar a cliente a não contar a verdade e atrapalhar o processo.
Wdineia disse que não sabe o motivo de estar sendo investigada e, por isso, também não vai se manifestar. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Jackson até a publicação dessa reportagem.
O caso aconteceu no último dia 8 e foi transmitido ao vivo em uma rede social. Segundo a Polícia Civil, no dia do suposto crime, a mulher disse que foi surpreendida pelo sequestrador quando abriu o portão, pois ele exigia dinheiro. Ela só foi libertada três horas depois, após os policiais levaram a mãe do rapaz e um advogado ao local.
De acordo com o que havia sido levantado, até então, a arma havia disparado acidentalmente quando ele ia se entregar. O rapaz foi baleado no rosto e teve de ser levado a um hospital na cidade para ser atendido. Porém, a polícia concluiu depois que o tiro foi disparado por Herlandia.
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