Condenado pela morte de Leonardo Pareja é assassinado em presídio de Aparecida de Goiânia

Escrito por em 24 de outubro de 2018

Segundo Administração Penitenciária de Goiás, Eduardo Rodrigues Siqueira foi morto com golpes de um objeto perfurante improvisado, conhecido como chuchu.

O detento Eduardo Rodrigues Siqueira, condenado pela morte do também preso Leonardo Pareja, foi morto nesta terça-feira (23) na Penitenciária Odenir Guimarães (POG) em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que ele foi agredido por outros detentos com um objeto perfurante improvisado, conhecido como chuchu, foi socorrido, mas não resistiu.

Eduardo foi um dos cinco condenados pela morte de Leonardo Pareja, que ficou conhecido por liderar uma rebelião que durou seis dias no antigo Cepaigo. Na época, o criminoso conseguiu fugir ao fim da rebelião, levando seis reféns. Ele foi recapturado um dia depois em Porangatu, no norte de Goiás. O detento foi morto em 1996 por outros presos após informar à direção do presídio um plano de fuga dos acusados através de um túnel que era cavado no presídio.

A DGAP informou, por meio de nota, que Eduardo estava voltando do banho de sol quando foi atacado “pelos presos Diego Martins da Silva, Cleyber Antonio Nicolau e Antonio Camargo dos Santos”. O órgão disse que os citados foram segurados por agentes imediatamente e a vítima encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), “mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito”.

G1 não teve acesso à defesa dos presos indicados pela DGAP como autores do crime para pedir um posicionamento sobre o caso.

O órgão não informou por qual motivo Eduardo estava ficando na enfermaria no momento do ataque. Ainda de acordo com a DGAP, “foi determinada abertura de sindicância para apuração dos fatos e a Polícia Civil vai instaurar inquérito policial para investigar o homicídio”.

A vítima cumpria pena pela morte de Pareja desde abril de 2015, quando foi condenado pelo crime com outros quatro homens. Na época, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) não informou as penas individuais de cada um, mas disse que as condenações somadas chegavam a 45 anos e 6 meses.

Leonardo Pareja, Goiânia — Foto: Carlos Costa/O PopularLeonardo Pareja, Goiânia — Foto: Carlos Costa/O Popular

Leonardo Pareja, Goiânia — Foto: Carlos Costa/O Popular

Rebelião e fama

Pareja cometeu o primeiro crime em setembro de 1995, em Salvador (BA). Ele sequestrou uma garota de 16 anos, sobrinha do então senador Antônio Carlos Magalhães, e a manteve refém por três dias. Após liberar a vítima, ele fugiu e driblou a polícia em três estados até se entregar no mês seguinte.

Já preso, o criminoso comandou um rebelião que durou seis dias no antigo Cepaigo. O ato ocorreu durante uma visita de autoridades à unidade, entre eles, o então presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Homero Sabino de Freitas.

O criminoso conseguiu fugir ao fim da rebelião levando seis reféns. Durante a fuga, ele parou em um bar, deu autógrafos, comprou cigarros e bebidas. Ele foi recapturado um dia depois, em um posto de combustíveis de Porangatu, no norte do estado.
Fonte:Eduardo Rodrigues Siqueira – foto de arquivo — Foto: Cristiano Borges/O Popular
G1 GO


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