Ex-sócio e comparsa são condenados por matar policial após desentendimento nos negócios, em Morrinhos
Escrito por Radio Sempre FM em 22 de março de 2019
Segundo a denúncia, Kléber César de Farias questionou a qualidade dos serviços do sócio. Vítima foi morta a facadas, em uma casa em construção, em 2017.
O mestre de obras Jaziel Rosa dos Santos, de 49 anos, e o pintor Sileildo Francisco da Silva, de 31, foram condenados, na quinta-feira (21), pela morte do policial civil Kléber César de Farias, 37 anos, em Morrinhos, região sul de Goiás. A vítima foi morta a facadas em 2017.
Jaziel era sócio de Kleber em uma empreiteira que construía casas populares. Segundo a denúncia, ele prometeu pagar uma recompensa a Sileildo para que cometesse o crime.
O júri popular ocorreu em Goiânia e foi presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, e terminou com a condenação de Jaziel a 16 anos de prisão.
Já Sileildo pegou pena de 18 anos de detenção pelo homicídio e mais 3 anos pelo furto da motor e do celular da vítima. Assim, foi sentenciado a 21 anos de prisão. Eles devem cumprir a sentença na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
Jaziel nega ter envolvimento com o crime. Já Sileildo confessou ter matado o policial, mas alega que não recebeu recompensa. O G1 tentou contato, por telefone, com os advogados dos condenados, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
Sileildo Francisco e Jaziel Rosa enfrentam júri popular, em Goiânia, acusados de matar policial civil a facadas — Foto: Sílvio Túlio/G1
Morte do policial
O crime aconteceu em 24 de outubro de 2017, uma casa em construção, em Morrinhos. Segundo a denúncia, Sileildo esfaqueou a vítima duas vezes no pescoço e quatro no peito. Em seguida, roubou a moto e o telefone do policial e fugiu.
Horas após o assassinato, o pintor confessou ter matado Kléber a mando de Jaziel. Assim, ambos foram presos.
A investigação apontou que Kléber e Jaziel tinham uma sociedade informal na construção de casas. O policial entrava com o dinheiro. Já o sócio era responsável pelas obras. Uma discussão relacionada à qualidade dos serviços teria motivado o mestre de obras a planejar o crime e contratar o pintor para praticá-lo.
Kléber César Faria foi morto a facadas em Morrinhos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
fonte: g1 GO