Susy Nogueira Cavalcante, de 21 anos morreu após ser estuprada em hospital de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A Polícia Civil criou uma força-tarefa para investigar a causa da morte da jovem estuprada na UTI de um hospital de Goiânia. Os pais da vítima, Susy Nogueira, foram ouvidos na tarde desta terça-feira (11). Três delegados vão colher os depoimentos, e a expectativa é de que ao menos 20 profissionais que trabalham no hospital onde ela estava internada sejam ouvidos.
A empresa terceirizada da UTI, a OGTI, informou que “todas as informações solicitadas à OGTI foram entregues à Polícia Civil. Aguardamos com tranquilidade os desdobramentos”.
Segundo o advogado da família, Darlan Alves Ferreira, o pai da Susy esteve na semana passada com o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, e com um diretor da Polícia Civil para pedir agilidade nas investigações sobre a causa da morte. Duas deputadas estaduais o acompanharam.
Após a reunião, ficou definido que mais dois delegados vão trabalhar em conjunto com o titular do 9º DP, Washington da Conceição, no inquérito para apurar a causa da morte. A informação foi confirmada pelo delegado regional de Goiânia, Josuemar Vaz de Oliveira, que definiu o reforço dos delegados André Botesini e Emilia Podestá.
Mãe chorou muito, diz delegado
Os pais da Susy estiveram na manhã desta terça na delegacia regional e prestaram depoimentos entre 8h30 e 12h. Eles foram ouvidos pelo delegado Washington da Conceição.
“Eles estão muito abalados ainda. A mãe dela chorou muito no depoimento. Contaram que, durante as visitas, percebiam que ela queria falar alguma coisa, mas que não conseguia por estar entubada, e as lágrimas escorriam no rosto dela”, informou o delegado.
Segundo delegada, imagens mostram abuso sexual por parte de técnico de enfermagem, em Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Ainda segundo o Washington , o casal reafirmou a versão de ter tomado ciência dos abusos durante o velório da vítima. Os pais afirmaram também que essa tinha sido a primeira vez que a jovem foi internada no Hospital Goiânia Leste e que a levaram ao local por ser a unidade de saúde mais próxima.
O delegado contou que aguarda uma relação com o nome dos funcionários que estavam em serviço no dia em que a vítima foi estuprada para convocá-los a depor. O técnico em enfermagem Ildson Custódio Bastos, suspeito do crime, permanece preso e será o último a ser ouvido, segundo explicou Washington da Conceição.
Um outro inquérito policial sobre a investigação do abuso sexual já foi concluído. O técnico em enfermagem foi indiciado após ser flagrado por uma câmera abusando da jovem, segundo a polícia. Ele nega o crime.
“Já ouvimos dois médicos e quatro funcionários da portaria, mas vamos ouvir ainda outras 20 pessoas que passaram pelos plantões nos dez dias em que ela ficou na UTI”, completou.
fonte: g1 GO